quinta-feira, 30 de agosto de 2012

IGREJA NOSSA SENHORA IMPERATRIZ DOS CAMPOS



                                               

    Após alguns dias a imagem some novamente e novas buscas são organizadas. A imagem é encontrada no mesmo lugar da primeira vez, ou seja, no matagal. Belchior Dias Moréia manda derrubar a mata e ordena a construção da nova capela, onde hoje está a Igreja de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos. Com o tempo o povoado foi crescendo e recebeu um nome novo, passou a chamar-se Capela de Nossa Senhora dos Campos do Rio Traripe (antigo nome do Rio Real). Após muitos anos o rio Traripe passou a chamar-se Rio Real porque há muitos anos a Armada Real descansava às suas margens. Antes ainda de receber esses dois nomes os índios o chamava de rio Itanhi. Desse modo antes da povoação receber o nome de Paraíso chamava-se Povoação dos Campos do Itanhi dos índios. Esse é o primeiro nome que consta na história dessa povoação. Sua fundação acontece entre 1599 e 1622.
    Entre 1640 e 1670 a imagem da santa desaparece mais uma vez da nova Capela e não é mais encontrada pelos moradores. Não se sabe se foram os jesuítas que a levaram para Portugal, ou se foram os índios, ou ainda os camponeses; podendo ser também os tropeiros ou os viajantes que a teriam levado para vendê-la em outro povoado distante.
   A povoação começou a desenvolver-se e recebeu o nome de Freguesia Santa Maria dos Campos do Rio Real de Cima. Até então a imagem da santa ainda não havia sido encontrada. O nome freguesia somente passou a ser vinculado por volta de 1718, por conta do Arcebispo da Bahia, Dom Sebastião Monteiro da Vide. Segundo Pedro Calmon “os núcleos mais antigos foram a Bahia, a Torre de Garcia D`Ávila e Campos do Rio Real” demonstrando assim que Campos foi no Brasil Colônia uma das primeiras povoações.
    Tempos depois a capela do povoado já possuía algumas imagens sacras de madeira e no centro uma imagem de nossa senhora. As imagens eram poucas e os jesuítas traziam de Portugal ou as esculpiam, já que eles eram ótimos escultores e restauradores.
    O primeiro evangelizador filho de Campos foi o Frei Ângelo dos Reis de formação jesuítica. O segundo foi o padre Joaquim Antão Vieira Dantas. Ele fundou uma fazenda cujo nome era o de Nossa Senhora dos Campos. Esse foi o quinto nome dado ao povoado.
    Em 1700 o povoado já era conhecido como Passagem da Igreja de Nossa Senhora do Sertão dos Campos do Rio Real de Cima. Esse foi o sexto nome da povoação.
   Em 20 de outubro de 1718 foi criada a Freguesia de Nossa Senhora dos Campos do Rio Real. De Cima, feito atribuído a Dom Sebastião Monteiro de Vide sendo ela desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora da Piedade (Lagarto); sua extensão era de 20 léguas de nascente ao poente e três de norte a sul. Foi Dom Sebastião quem mandou fazer a imagem de Nossa Senhora Imperatriz. Ela foi feita em Portugal e somente chegou ao seu destino depois de três anos, um mês e vinte e oito dias após a fundação da freguesia. A data precisa de sua Chegada foi no dia 18 de dezembro de 1721.

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